![[Bienal do Livro 2023] Venha aprender a (re)criar mundos ficcionais](https://i0.wp.com/www.ronizealine.com/wp-content/uploads/2023/09/capa_bienal2023.jpg?fit=600%2C424&ssl=1)
Terra Média, Nárnia, Oz, Westeros, Terra do Nunca, Hogwarts… Se você reconhece esses nomes provavelmente é um amante da Literatura Fantástica e seus mundos ficcionais. E há grandes chances que você também reconheça os cenários de Kurgala da série “O espadachim de carvão”, o tecido da realidade e as rotas cósmicas da tetralogia Angélica (“A batalha do apocalipse” e a trilogia “Filhos do Éden”) e cenários como São Paulo e Rio Grande do Sul de livros como “Os sete” e o recém-lançado “À deriva”… peraí! Como assim?
Sim. O Brasil também é cenário para mundos ficcionais na Literatura Fantástica brasileira. E o que Kurgala de Affonso Solano, o tecido da realidade de Eduardo Spohr e as cidades brasileiras povoadas por vampiros e outros seres fantásticos de André Vianco têm em comum? A maestria na construção de mundos, sejam eles completamente ficcionais ou baseados em cenários reais.
“Eu sempre recomendo começar do básico: estude as referências dos seus criadores de mundos preferidos—quais filmes, séries de TV, quadrinhos e livros o George Lucas, a JK Rolling e o James Cameron consumiram, jovens, antes de criarem Star Wars, Harry Potter e Avatar? O que essas referências antigas têm em comum com os mundos consagrados desses autores? Que tipo de regras elas se apoiam? Dissecar esse corpo de trabalho vai lhe dar um ótima noção de estrutura e um ponto de partida para a criação do seu próprio universo.” – Affonso Solano
Minha dica é simplesmente não pensar nisso, inicialmente. Na minha visão, o que há de mais importante em uma história são os personagens e a trama em que eles irão se envolver. Sem esses dois elementos, o escritor não tem nada. Penso que, depois de elaborado um bom roteiro e criado um bom protagonista, podemos começar a delinear o cenário à volta dele — que deve responder às necessidades desse herói. – Eduardo Spohr
Apesar da riqueza que esses mundos apresentam e do papel fundamental que cumprem em uma narrativa ficcional, construir mundos narrativos ainda é algo que muitos autores iniciantes sentem dificuldade. Se à primeira vista parece simples criar um cenário aqui e outro ali, é preciso lembrar que a criação de mundos engloba muitos outros elementos essenciais para a história, como a geografia do local, as raças e espécies dos seres que habitam aquele lugar, as línguas e dialetos falados, a(s) religião(ões), o sistema de classes, a alimentação, a magia ou tecnologia existente… ufa! Sim, mundos ficcionais são constituídos por diversas camadas que se mesclam ao longo da história.
Tenho um convite para você
Se parece complicado à primeira vista, que tal vivenciar ao vivo a criação de mundos? E, mais do que isso: que tal participar desse processo?
Pois isso será possível no próximo domingo, dia 10 de setembro, durante a Bienal do Rio 2023. E quem estará à frente dessa experiência inesquecível serão os três mestres da Literatura Fantástica brasileira citados acima: Affonso Solano, André Vianco e Eduardo Spohr.
No espaço Estação Plural, às 15h desse domingo, terei o prazer de acompanhar essas três feras numa incursão às profundezas de suas mentes criativas para, com a participação da plateia, mostrar o processo da (Re)Criação de Mundos.
Para participar é preciso retirar senha uma hora antes na Central de Senhas, próximo ao Jardim Central. Após o painel, os autores estarão no salão de autógrafos anexo à Estação Plural para receber os fãs e autografar seus livros.
ESPERAMOS VOCÊS!
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