O que todo autor deve saber antes de submeter um original para editora

Então você finalmente terminou de escrever aquele longo romance, o volume de contos ou o livro infantil? Muito bem! A maior parte do trabalho já foi feita, no entanto a euforia de finalizar o processo criativo pode levar o autor a cometer alguns – sérios – erros na etapa seguinte. Aquele velho ditado de que “nem sempre mais é melhor” cabe muito bem na hora de submeter um original para editora. Você pode ver um pouco mais em 7 razões de ter seu livro rejeitado. Enviar seu original para o maior número de editoras não significa mais chances de ele ser publicado. E neste artigo vamos entender por quê.

 

Fique atento às questões abaixo antes de submeter um original para editora

Muitos acreditam que ao escritor cabe apenas criar uma boa história, e que todo o resto do processo não lhe diz respeito. Isso não poderia estar mais errado. Não é de hoje que o autor que domina – ou pelo menos conhece – outras etapas do mercado editorial está em vantagem. Atualmente mais ainda, visto que as novas ferramentas tecnológicas colocam à disposição inúmeras possibilidades de escritores conquistarem seu espaço. E você não quer ficar para trás, certo? Então preste atenção às questões abaixo antes de submeter um original para editora.

1. Conheça o potencial do seu livro
É preciso estar ciente do potencial que seu livro tem. Seja honesto com você mesmo. Primeiro, certifique-se de que já fez todas as revisões e acertos que ele precisa – e merece. Satisfeito com o resultado? Então pense qual exatamente é o gênero do texto, se há espaço para ele no mercado atual, que editoras costumam investir nesse tipo de obra, se é melhor procurar uma editora grande ou uma pequena… enfim, qual a melhor editora para o seu livro. Em vez de sair atirando para todos os lados, analise com frieza como você enxerga o seu livro em uma livraria. Você vê pessoas lendo livros como o seu, percebe que há espaço para ele? Não estou dizendo com isso que você deva desistir da sua obra – nem escrever algo simplesmente porque está na moda – se perceber que o espaço para esse tipo de livro é pequeno. Um bom exemplo é a poesia. Nem toda editora publica poesia, o número de leitores é menor do que o de prosa, mas nem por isso os poetas desistem de sua obra. O que estou dizendo é não dá pra ficar se iludindo. Se o nicho no qual você decidiu escrever é pouco valorizado – ou mesmo editado – saiba que terá um árduo caminho pela frente. Mas o importante é você acreditar nele e estar disposto a seguir adiante.

 

2. Conheça as editoras
Hoje em dia está muito mais fácil saber quais são os interesses mercadológicos de uma editora: basta acessar o site e analisar o catálogo disponível. Com isso você já vê se o seu material se encaixa na sua linha editorial. Se não, será perda de tempo para você, que criará uma expectativa que não se realizará, e para a editora. Essa visita ao site também ajuda a descobrir se a editora está recebendo originais para avaliação naquele momento. Se não estiver, provavelmente o seu original será descartado. E, mais uma vez, será tempo e esforço perdidos.

 

3. Fique atento às diretrizes das editoras
Às vezes o escritor acaba queimando as suas chances com uma editora simplesmente porque não ficou atento às diretrizes, que podem ser encontradas no próprio site. Então, antes de submeter um original para editora, verifique atentamente como ela quer recebê-lo. Algumas ainda preferem que o material seja enviado no bom e velho papel; outras, que seja por email. Há aquelas que só recebem originais que foram encomendados, e as que não avaliam livros de autores inéditos.

4. Faça uma sinopse
Um pequeno detalhe pode fazer toda a diferença. Nem todos os autores têm o costume de preparar uma sinopse para enviar junto com o original. Para o editor que fará a avaliação, é muito mais prático ler primeiro uma sinopse e, interessando-se por ela, ler o livro todo. Muitos originais são descartados porque, à primeira vista e sem uma sinopse para guiá-lo, além da escassez de tempo, o editor não enxerga o potencial da obra e simplesmente deixa-a de lado.

 

5. Entenda o mercado editorial
Quanto mais você entender o mercado editorial, melhor. O que acontece depois que a editora resolve publicar o seu livro? Por que etapas ele ainda passará antes de ir para as livrarias? Tudo isso é conhecimento valioso da profissão que ajuda o escritor a ter domínio do seu ofício. Sabe-se que são os livros de grande vendagem que possibilitam a publicação de outros, menos “comerciais”. Antes de criticar os best-sellers, lembre-se que eles sustentam os custos daqueles que não vendem tanto. Por isso, antes de submeter um original para editora estude bem o mercado no qual quer entrar.

 

6. Editores buscam por audiência, não autores
Se a escrita é um processo criativo, a publicação não é. Lembre-se disso ao submeter um original para editora. Esse é um negócio que, para se sustentar, precisa ter lucro – independente das qualidades artísticas de suas obras. Ao investir em um novo autor, a editora está pensando não nesse autor em si, mas na possível audiência que ele trará. Portanto, em época de mídias sociais, quanto maior for a tribo que você traz consigo, maiores as chances de ser conseguir um espaço ao sol.

7. Não aceite negativas
Já vimos aqui vários autores que tiveram suas obras rejeitadas inúmeras vezes – e muitas delas depois tornaram-se famosas. O que eles têm em comum? Não aceitaram negativas. Portanto, se você acredita em seu material, vê qualidades nele e possibilidade de publicação, não se deixe abater pela primeira, segunda, terceira ou mesmo décima recusa. Talvez o que esteja faltando seja ajustar um pouco o posicionamento que está dando a ele. E seguir as dicas dadas aqui.

Agora, que tal nos contar um pouco da sua experiência com as editoras.

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Sobre o Autor

Ronize Aline
Ronize Aline

Ronize Aline é escritora e consultora literária. Já foi crítica literária do jornal O Globo, do Rio de Janeiro, e trabalhou como preparadora de originais para várias editoras nacionais. Atualmente orienta escritores a desenvolverem suas habilidades criativas e criarem histórias com potencial de publicação.

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